quarta-feira, 14 de junho de 2017

BASÍLICA SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DAS DORES (PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES)

Os senhores donos das terras do antigo Tabuleiro Grande, brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, e sua mulher Rosa Josefa do Sacramento, entregaram-na para zelo e serviços, ao seu neto, o Pe. Pedro Ribeiro da Silva, como primeiro capelão. A este seriam sucessores: Pe. Luiz Barbosa, Pe. Antonio de Almeida, Pe. Joaquim Coelho e Pe. Pedro Ferreira de Melo.
Pe. Cícero Romão Baptista foi o sexto capelão provisionado, a partir de 11.04.1872. Já em 1873, Pe. Cícero percebeu que a capelinha era muito pequena e inadequada para a vila. Decidiu, então, começar a construção de uma outra, muito maior, sob a mesma invocação de Nossa Senhora das Dores, nas proximidades, em local privilegiado da villa, então com umas 32 casas. Esta primeira igreja começou a ser construída em 1875. Os rigores da seca de 77 interromperam as obras que, somente parcialmente, foram conclusas em 1884.
Naquele 19 de agosto, o então bispo do Ceará, D. Joaquim José Vieira, em visita pastoral ao Cariri, foi pessoalmente sagrar o altar. Até 1905 ainda restariam obras finais com a conclusão da segunda torre. Pe. Cícero continuou o seu trabalho de missionário até 1892, quando então foi suspenso de ordens, motivado pelas censuras impostas pela Sagrada Congregação do Santo Ofício, por seu envolvimento com a chamada Questão Religiosa de Joaseiro.
Daí por diante, a igreja de Joaseiro passou a ser cuidada pelos párocos de Crato, até que, em 21 de janeiro de 1917, o primeiro bispo da Diocese, D. Quintino, criou a freguesia de Joaseiro, nomeando seu primeiro vigário, Pe. Pedro Esmeraldo. Por volta de 1920, começaram a ser notados os sinais de desmoronamento de uma das duas torres da igreja. Com muita dificuldade, o que causou a substituição do vigário Pe. Esmeraldo por Pe. Macedo, a fisionomia da igreja foi profundamente alterada para o que hoje é sua imagem, numa reforma que Pe. Macedinho realizou em 1923.
            No paroquiato de Mons. Lima empreenderam-se novas transformações internas na igreja, concluindo-as entre 1928 e 1932. Já no longo período de Pe. Murilo de Sá Barreto, uma quase tragédia acontecia em 3 de outubro de 1974. Uma das velhas colunas da obra realizada pelo Pe. Cícero não resistiu ao tempo e boa parte do teto da igreja ruiu, sem vítimas a lamentar.
Na celebração do centenário da igreja, em 15.09.1975 foi feita a festiva comemoração e inauguração desta reforma. Ainda sob o paroquiato de Mons. Murilo, outras reformas foram realizadas, como a elevação do plano do altar, a restauração do altar-mor à sua configuração primitiva, a Capela do Encontro, o altar externo, uma réplica da capelinha de 1827, centro de informações aos romeiros, além de ampla reforma da infraestrutura e permanente atualização de suas instalações. 
Por: Renato Casimiro


Foi em meio a um clima contagiante de participação popular, envolvidos nas pastorais de romaria, do dízimo, familiar, do idoso, da infância missionária, do batismo, da catequese e da realização das santas missões populares que a igreja chegou e vive a sua designação de Santuário.
Na sua carta Pastoral de 02.02.2003, Romarias e Reconciliação, ao comunicar a elevação da Paróquia-Matriz à condição de Santuário Diocesano, D. Fernando Panico assim se referiu: “A Igreja Matriz da Mãe das Dores, em Juazeiro do Norte, lugar de veneranda celebração de todos os romeiros e romeiras do Nordeste, é agora elevada à dignidade de Santuário Diocesano. Acalentava também a esperança de comunicar solenemente nestes dias, Festa de Nossa Senhora das Candeias, o decreto pontifício da concessão do título de Basílica Menor à Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, por mim já solicitado à Santa Sé em novembro passado. Infelizmente, tal decreto ainda não chegou de Roma.”
Talvez por isto, o pré-anúncio feito por D. Fernando, de que revelaria nesta data “o maior fato histórico deste século para todo o Cariri”, a elevação do Santuário Diocesano tenha merecido esta ampla especulação, até que viessem surgir as primeiras informações tornadas públicas pela administração do Santuário Diocesano de Juazeiro do Norte.
Como vimos, a crônica da cidade nos indica, com grande precisão, que este caminho teve um longo curso, de uns 181 anos. Chegamos hoje a esta consagração que demonstra, a todos nós, e em especial à Cúria Romana, o grande merecimento da fé e da religiosidade do romeiro destes sertões. 
Por: Renato Casimiro









(Nave central)

A capelinha dos tempos do Pe. Cícero Romão Batista ergue-se, hoje, imponente em nossos corações, transmutada por esta dignidade de Basílica Menor, que não deve ser vista apenas como ato generoso, ou formal, da hierarquia. Ela é, antes disto, uma conquista deste povo, fiel a uma devoção à nossa Mãe das Dores, o pleno socorro espiritual de sua gente. Juazeiro é Basílica Menor, designação com a qual poderá passar a se chamar, daqui por diante, de Basílica Menor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Dores.
No Brasil existem, atualmente, 50 Basílicas Menores. A primeira foi consagrada, há 100 anos, a Nossa Senhora Aparecida (Padroeira do Brasil), e está em Aparecida (SP). A última foi a Basílica Menor do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), em 18.11.2006.
No Estado do Ceará, Juazeiro do Norte será a segunda concessão pontifícia. Anteriormente foi elevado o Santuário de São Francisco das Chagas (Canindé).  É esta a primeira oportunidade em que uma Basílica no Brasil será dedicada  em honra de Nossa Senhora das Dores.
Não se pode deixar de lembrar que esta concessão é parte de uma longa caminhada deste povo. Não só na objetividade de questões muito práticas, formuladas para uma pauta de relacionamento com a Sé de Roma, como a iniciativa de reabilitação, com a reabertura dos arquivos e de um processo instaurado a partir do século 19, e que vivem necessitando de atenções para as frequentes, por vezes oportunas, ou inoportunas, insinuações de processos de beatificação ou canonização de Pe. Cícero Romão Batista.
Mas, antes de qualquer sentimento mais imediato, a elevação do Santuário à condição de Basílica Menor, realizada em 15 de setembro de 2008, é uma grande oportunidade para uma maior aproximação da Igreja com a grande nação romeira. Como o aparecimento das Basílicas evocou o fim das terríveis perseguições movidas contra os cristãos, não é menos verdadeiro que esta nova, à sombra de generosos Joaseiros seja também o refúgio e a fortaleza, centro de encontro e de comunhão fraterna entre os que acreditam na expansão e na grandeza do Reino.   

Por: Renato Casimiro
(Vitrais do presbiterio)

(Em destaque ao fundo: coro)

(Antiga pia batismal na entrada do Basílica)


(Capela do Sagrado Coração de Jesus)


(Capela Nossa Senhora de Lourdes)



(Capela do encontro, onde estar sepultado o Monsenhor Murilo e onde é montado o tradicional presépio de natal)



(Capela do Santísimo)

domingo, 11 de junho de 2017

Oraçao a Santo António

   
Glorioso Santo António, que tivestes a sublime honra de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me deste mesmo Jesus a graça que vos peço e vos imploro do fundo do meu coração (pede-se a graça). Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os poucos méritos de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus para atender o meu instante pedido. Amém!
     (Pai-nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai)
     Santo António, rogai por nós!
     (Santo António é celebrado no dia 13 de junho)